sexta-feira, 21 de novembro de 2014

RESUMO DAS CLASSES GRAMATICAIS

Classes de Palavras
As palavras exercem funções diferentes nas orações e, por isso, apresentam classificações diferentes. Cabe a Morfologia estudar e classificá-las. As classes de palavras (ou classes gramaticais), como são chamadas, podem ser dos seguintes tipos:
·         Adjetivo: os adjetivos caracterizam os substantivos;
·         Advérbio: os advérbios modificam verbos, adjetivos e até mesmo outros advérbios;
·         Artigo: os artigos indicam o gênero e a quantidade de um substantivo, além de substantivar palavras de outras classes gramaticais;
·         Conjunção: as conjunções atuam na ligação das orações, sejam elas coordenadas ou subordinadas;
·         Interjeição: as interjeições exprimem sentimentos e emoções;
·         Numeral: os numerais indicam ordens, frações, quantidades e multiplos;
·         Preposição: as preposições criam relações entre as palavras e as conectam entre si;
·         Pronome: os pronomes determinam a pessoa do discurso além de acompanhar ou substituir um substantivo;
·         Substantivo: os substantivos designam seres, objetos, ações, estados e qualidades;

·         Verbo: os verbos indicam dinâmica, através das ações e estados.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

DEZ CLASSES GRAMATICAIS


DEZ CLASSES GRAMATICAIS
1. SUBSTANTIVO
Dá nome aos seres em geral.
Classificam-se em:
COMUNS: livro, árvore, país, jornal,teatro.
PRÓPRIOS: Laura, Brasil, Rio de Janeiro, Amazonas.
CONCRETOS: cadeira, fruta, saci.
ABSTRATOS: Briga, Alegria, saúde, coragem.
SIMPLES: maçã, dentista, pé, moleque.
COMPOSTOS: banana-maçã, pé-de-moleque.
PRIMITIVOS: flor, dente,mata, pedra,jornal.
DERIVADOS: florista, dentista, pedreira.
COLETIVOS: constelação, manada.

2. ARTIGO
Acompanha o substantivo, determinando-o. Exemplo: Uma gentil recepcionista deu-me as informações.
Dividem-se em:
Definidos: o, a, os, as.
Indefinidos: um, uma, uns, umas.

3. ADJETIVO
Informa características ou qualidades do substantivo.
EXEMPLOS:
Gostamos de suas esclarecedoras palavras.
Este é um assunto emocionante.
LOCUÇÃO ADJETIVA: é a expressão que tem valor de um adjetivo.
EXEMPLOS: Estudo no período noturno. (noturno= adjetivo)
                      Estudo no período da noite. ( locução adjetiva)

4. PREPOSIÇÃO:
É a palavra que liga dois termos entre si. (a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sobre, sob, trás...)
EXEMPLOS: Viajou de ônibus.
                    Vivem em paz aqui.

5. NUMERAIS
Numeral é uma palavra que costuma acompanhar o substantivo, indicando quantidade, ordem, divisão e multiplicação.
            Os numerais dividem-se em:
CARDINAIS - indicam a quantidade exata dos seres: um, dois. Três...
ORDINAIS – indicam a posição que os seres ocupam numa determinada seqüência: primeiro, quinto...
MULTIPLICATIVOS – indicam a quantidade multiplicada: duplo, triplo...
FRACIONÁRIOS – indicam a divisão da quantidade: um terço, um meio...
EXEMPLOS:
Li três livros. (cardinal)
Conquistou o quarto lugar. ( ordinal)
Passou por aqui hoje o triplo de veículos. (multiplicativo)
Só fiz um quinto da prova. (fracionário)

          
6. PRONOME:
Palavra que acompanha ou substitui o substantivo.
EXEMPLOS: Este apartamento é novo; aquele é reformado. (Este acompanha o substantivo apartamento, e aquele substitui.)
·PESSOAL: Já me falaram do filme. (retos: eu,tu,ele,ela,nós,vós,eles,elas. Oblíquos: me, mim,te, ti contigo,se,si,consigo,lhe,o,a,nos,conosco,convosco,vos...)
·POSSESSIVO: Respeitamos tuas idéias. (meu, teu, seu, nosso, vosso,seu...)
·DEMONSTRATIVO: Você já conhecia esta revista? (este, esse, aquele, isto, isso, aquilo, mesmo, próprio,tal, semelhante, a,o,as,os...)
INDEFINIDO: Você vai enfrentar alguns problemas aqui. (algum, nenhum, mais, menos, muito,pouco, tudo, nada,algo,alguém,ninguém,certos,diversos,vários,tanto,quanto,tal,qualquer,cada um, quem, outro, fulano, sicrano, todo aquele que, seja quem for...)
·INTERROGATIVO: Qual é a razão de sua revolta? (quem, que,qual,quanto...)
·RELATIVO: Expôs-me o problema que o preocupava. (quem, que, qual,cujo,onde,quanto...)

7. VERBO:
Palavra que indica ação, estado, ou fenômeno da natureza.
EXEMPLOS:
Acelerou o carro e saiu. (ações)
Está doente e ficará acamada alguns dias. ( estados)
Chovia e relampejava muito. ( fenômenos da natureza)

8. CONJUNÇÃO
Palavra que liga:
Duas palavras na mesma oração: O trem e o metrô são transportes de massa. / Perdeu os livros e os cadernos..
Duas orações entre si: Foram até o Palácio, mas o governador não os atendeu. / Todos se levantaram quando o presidente chegou    
EXEMPLOS: ( e, mas, todavia,pois, logo,se, que, quando,ou, porque, a fim de que, conforme, embora, à medida que...)

9. INTERJEIÇÃO:
Palavra que expressa uma emoção.
EXEMPLOS: Céus! Essa menina sabe tudo!
                   Coitado! Sobrou tudo para você fazer?
10. ADVÉRBIO:
Palavra que modifica o sentido do:
·         Verbo: Paula criticou-me duramente.
·         Adjetivo: Seu estado de saúde é bastante delicado.
·         Advérbio: O orador discursou muito bem.
LOCUÇÃO ADVERBIAL:
É a expressão que indica alguma circunstância(de tempo, de lugar, de modo...)
EXEMPLOS: Fale tudo às claras. ( de modo)
                   A polícia observava à distância. ( de lugar)


 Retirado do Blog da Professora Kátia Fraitag – Língua Portuguesa – Gramática básica




segunda-feira, 13 de outubro de 2014

EXPLICAÇÕES SOBRE "O MITO DA CAVERNA '- PLATÃO

E agora, deixa-me mostrar, por meio de uma comparação, até que ponto nossa natureza humana vive banhada em luz ou mergulhada em sombras. Vê! Seres humanos vivendo em um abrigo subterrâneo, uma caverna, cuja boca se abre para a luz, que a atinge em toda a extensão. Aí sempre viveram , desde crianças, tendo as pernas e o pescoço acorrentados, de modo que não podem mover-se, e apenas vêem o que está à sua frente, uma vez que as correntes os impedem de virar a cabeça. Acima e por trás deles, um fogo arde a certa distância e, entre o fogo e os prisioneiros, a uma altura mais elevada, passa um caminho. Se olhares bem verás uma parede baixa que se ergue ao longo desse caminho, como se fosse um anteparo que os animadores de marionetes usam para esconder-se enquanto exibem os bonecos.
[…] Pois esses seres são como nós. Vêem apenas suas próprias sombras, ou as sombras uns dos outros, que o fogo projeta na parede que lhes fica à frente.”
Platão, República, Livro 7
Platão (c.428-348 a.C.) não achava que este era o melhor dos mundos. É uma espécie de prisão, escreveu ele, onde estamos trancafiados em escuridão e sombras. Mas além dessa prisão reside um brilhante e esperançoso mundo de verdades que ele chamou de idéias ou ideais, e é por isso que chamamos essa doutrina de idealismo.
Sócrates compara nosso mundo cotidiano a um “abrigo subterrâneo”, uma caverna onde somos mantidos acorrentados. À nossa frente ergue-se uma parede e atrás de nós, uma fogueira. Incapazes de virar a cabeça, vemos somente as sombras projetadas na parede pelo fogo. Nada conhecendo além disso, naturalmente tomamos essas sombras por “realidade”. Os seres humanos, nossos companheiros, assim como todos os objetos da caverna, para nós não passam de sombras; não têm, para nós, outra realidade além dessa.
Mas se pudéssemos nos libertar das correntes, se pudéssemos ao menos nos virar para a entrada da caverna, poderíamos constatar o nosso erro. A princípio, a luz direta nos seria dolorosa e perturbadora. Porém, logo nos adaptaríamos e começaríamos a perceber as pessoas e objetos reais, que só conhecíamos em forma de sombras. Mesmo assim, devido ao hábito, nos agarraríamos às sombras, ainda acreditando que elas fossem reais, e suas fontes, apenas ilusões. Mas se fossemos tirados da caverna para a luz, cedo ou tarde chegaríamos à visão correta das coisas e lamentaríamos nossa antiga ignorância.
Nossas mentes estão escravizadas a imitações que nós, desta maneira, confundimos com a realidade. Somos prisioneiros em uma caverna filosófica.
“no mundo do conhecimento, a idéia do bem aparece por último e é percebida apenas com esforço; mas, quando percebida, torna-se claro que ela é a causa universal de tudo que é bom e belo, o criador da luz e o senhor do sol neste mundo visível.”
É uma alegoria para o mundo ilusório das aparências em que estamos aprisionados.
Se Vs. quiserem conhecer uma excelente versão literária atual do MITO DA CAVERNAleiam o belíssimo romance de José Saramago, onde o “shopping center” é apresentado como sendo a caverna dos dias de hoje.
É, ao meu ver um exemplo de paradigma, mas eu gosto mais de um outro exemplo que é o seguinte:
Certa vez cientistas colocaram em uma jaula quatro macacos. Nesta jaula havia bem no meio um poste, e no alto do poste os cientistas colocaram um cacho de bananas.
Um macaco, ao ver as bananas, subiu no poste, e, quando estava quase chegando nas bananas, foi derrubado por um potente jato de água gelada, que molhou os demais macacos. E assim foi com o segundo, terceiro e quarto macacos, subindo e caindo, e a água gelada molhando todos eles. Foi então retirado o primeiro macaco e colocado um novo macaco no lugar dele. Este novo macaco ao ver as bananas, subiu no poste, e teve o memso destino que os outros, e os outros foram molhados também. E os demais macacos originais foram sendo trocados por macacos novos e a história foi se repetindo até que não houvesse mais nenhum macaco original na jaula. Foi colocado então um quinto macaco, que ao tentar subir, foi agredido pelos macacos que já estavam na jaula. O resultado? Os macacos sabiam que não podiam subir no poste, mas não sabiam porque. Estava criado um paradigma.
O que éo a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A Filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro.
A réstia de luz que projeta as sombras na parede é um reflexo da luz verdadeira (as idéias) sobre o mundo sensível. Somos os prisioneiros. As sombras são as coisas sensíveis que tomamos pelas verdadeiras. Os grilhões são nossos preconceitos, nossa confiança em nossos sentidos e opiniões.
O instrumento que quebra os grilhões e faz a escalada do muro é a dialética. O prisioneiro curioso que escapa é o filósofo. A luz que ele vê é a luz plena do Ser, isto é, o Bem, que ilumina o mundo inteligível como o Sol ilumina o mundo sensível.
O retorno à caverna é o diálogo filosófico. Os anos despendidos na criação do instrumento para sair da caverna são o esforço da alma, descrito na Carta Sétima, para produzir a “faísca” do conhecimento verdadeiro pela “fricção” dos modos de conhecimento.
Conhecer é um ato de libertação e de iluminação.O MITO DA CAVERNA apresenta a dialética como movimento ascendente de libertação do nosso olhar que nos libera da cegueira para vermos a luz das idéias.
Mas descreve também o retorno do prisioneiro para ensinar aos que permaneceram na caverna como sair dela. Há, assim, dois movimentos: o de ascensão (a dialética ascendente), que vai da imagem à crença ou opinião, desta para a matemática e desta para a intuição intelectual e à ciência; e o de descensão (a dialética descendente), que consiste em praticar com outros o trabalho para subir até a essência e a idéia.
Aquele que contemplou as idéias no mundo inteligível desce aos que ainda não as contemplaram para ensinar-lhes o caminho. Por isso, desde Mênon, Platão dissera que não é possível ensinar o que são as coisas, mas apenas ensinar a procurá-las.
Para aqueles homens, a realidade não passava de um grupo de sombras. Mas se um deles se libertasse e saísse da caverna, se defrontaria com a ofuscante luz do sol, até conhecer um mundo infinitamente lúcido e rico. Haveria, então, dois mundos. O “visível” – dentro do qual a maior parte da humanidade está presa, condenada ao império dos sentidos. E o “inteligível”, pertencente aos que superam a ignorância do nascimento e encontram a luz, no reino da inteligência, dominado pela razão.
Na caverna da modernidade os “zumbisapiens” sobrevivem. Seres cria-dores das multidões de prédios, carros, bombas e, principalmente, dos sarcófagos metropolitanos nos quais se entorpecem da droga, que mais os aniquila: a clareza e racionalizada civilização.
Presos aos grilhões de nossos preconceitos progressistas, atuamos como dominadores da natureza e não como parte dela. Somos os prisioneiros de uma gruta donde não repomos o que colhemos. Por meio da transparência da informação estamos cada vez mais cegos na opacidade do sistema.
Vivemos em um mundo distraídos das coisas mais importantes. Vivemos com as máscaras moldadas em rostos escravizados pela ditadura estética do consumo, desfocados nas sombras do redemoinho das cidades.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

POR QUE - PORQUE - POR QUÊ - PORQUÊ

O uso dos porquês
O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto.
1) Por que
O por que tem dois empregos diferenciados:
Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos:
Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplo:
Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)

2) Por quê
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
Exemplos:
Vocês não comeram tudo? Por quê?

Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.

3) Porque
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.
Exemplos:
Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)

4) Porquê
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos:
O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)
Diga-me o porquê para não fazer o que devo. (uma razão)






sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Regras de Acentuação Gráfica



De acordo com o Novo Acordo Ortográfico, em vigor desde 2009, temos a seguir as regras de acentuação gráfica.

Monossílabos tônicas: Acentuamos todas as palavras monossílabas tônicas terminadas em a(s), e(s), o(s).
Pá, pós, já, pés.

Os ditongos monossilábicos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também são acentuados: Céu, véu, dói, réis.

Palavras oxítonas: 
Acentuamos as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em/ens.
Amapá, compôs, reféns, bambolê.

Nas palavras oxítonas, os ditongos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também são acentuados: Herói, troféus, papéis.

Oxítonas terminadas em i(s) e u(s) também são acentuadas: Piauí, tuiuiú.

Palavras paroxítonas: 
Acentuamos as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s), ão(s), um(uns).
Lavável, pólen, repórter, tórax, lápis, bônus, bíceps, ímãs, sótão, álbum.

Paroxítonas terminadas em ditongos orais (seguidos ou não de s) também são acentuadas.
Vácuo, insônia, subúrbio.

Atenção    Ditongos abertos éi(s), ói(s), éu(s) não são mais acentuados nas palavras paroxítonas.
Ideia, apoia, colmeia, assembleia, jiboia

Atenção     Não utilizamos mais acentos no i e no u quando, nas palavras paroxítonas, estas letras vierem depois de um ditongo.
Feiura, baiuca, bocaiuva.

Palavras proparoxítonas:
Todas as proparoxítonas são acentuadas.   Matemática, trânsito, farmacêutico, estético.

Letras I e U na segunda vogal do hiato
Estas letras receberão acento se estiverem sozinhas na sílaba, na segunda vogal do hiato e sem nh após estas letras.   Caída, traíram, faísca, carnaúba.

Atenção       É preciso, no entanto, ficar atento às regras de I e U para as oxítonas e paroxítonas antes de acentuar palavras que se encaixem nesta regra.

Verbos ter e vir
Na terceira pessoa do plural destes verbos, estas palavras serão acentuadas.   Eles têm, eles vêm.
Nos derivados de ter e vir (manter, intervir, convir, etc) a terceira pessoa do singular terá acento agudo e a terceira pessoa do plural terá acento circunflexo.    Ele mantém, eles intervêm.

Acentos diferenciais
Os acentos diferenciais serão obrigatórios nas palavras pôr (verbo) e pôde (passado do verbo poder).
O acento diferencial é opcional somente em dêmos/demos (presente subjuntivo do verbo dar) e fôrma/forma (recipiente).    

Palavras com as repetições oo, ee      Não são acentuadas.   Voo, veem, perdoo.



quinta-feira, 4 de setembro de 2014

RESUMO GERAL DE LITERATURA

A SEMANA DE ARTE MODERNA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A RENOVAÇÃO CULTURAL
 Foto: Comissão Organizadora da Semana da Arte  Moderna
Durante os dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, 
em São Paulo uma dezena de jovens artistas 
excêntricos e inquietos realizaram um dos 
mais vigorosos movimentos dentro das artes 
no Brasil. Esse movimento foi marcado 
por suas conferências, concertos, exposição
 de artes plásticas, tendo como palco para
 toda essa batalha, o Teatro Municipal, 
que viu durante essa semana cair toda sua
pompa e seriedade, diante das continuadas vaias de um público muitas vezes
 tão excêntrico quanto os próprios artistas que lá gritavam pela renovação.

Os futuristas - como eram chamados, tomados por forte coragem gritavam
 pelo direito de uma pesquisa estética, e pelo desejo de ver nossa cultura
 numa posição mais privilegiada, podendo manifestar livremente toda a 
consciência criadora nacional. As idéias desses jovens apareceram bastante
 divididas diante de um público nem sempre bem informado acerca das
 inovações que aconteciam lá fora. De um modo geral foi muito restrito
 o público que tomou conhecimento do fato que estava acontecendo 
durante aquela semana, mas os que lá estiveram participaram ativamente
 da manifestação, nem que fosse simplesmente pelo prazer de vaiar.




Embora tenha eclodido em 1922 - semana de arte moderna
 começou bem antes dessa data, pois os primeiros passos no
 sentido de se criar algo que representasse especialmente
 o espírito dos artista brasileiro, tiveram início no ano de
 1912, com a chegada de Oswaldo de Andrade, da França,
 onde em Paris entusiasmara-se desvairadamente com o 
manifesto futurista de Martinetti. Aqui chegando,
 fortalecido pelas experiências européias.




Oswaldo de Andrade, pensou imediatamente em quebrar
 o nosso marasmo com o exemplo dos franceses, e por isso
 mesmo escreveu em versos livres um dos mais ousados
 poemas da época: O último passeio de um tuberculoso
 pela cidade, de bonde obra que infelizmente poucos
 conheceram, uma vez que até os originais foram perdidos
 ou jogados fora. De qualquer forma direta ou indiretamente
 colaborar para uma séria ruptura entre a imitação e criação.


Dois anos, depois, em 1914, Anita Malfati, pintora paulista, 
chega também à sua terra trazendo dentro de si toda a
 estrutura e a força vibrante da pintura alemã, o que
 também não deixou de causar algumas controvérsias
 em torno daquilo que se pretendia buscar. Segundo
 depoimento da própria artista, suas telas foram
 consideradas horríveis, dantescas e sem expressão
 para o público que as viu em exposição. Mas o pior 
ainda não havia acontecido.

Estava reservado para o ano de 1917, quando expõe
 53 trabalhos, considerados por ela como sua melhor
 produção, e duas semanas após a abertura aparece 
pelo Estado de São Paulo, uma crítica violenta 
assinada por Monteiro Lobato, sob o título de 
Paranóia ou Mistificação o suficiente para
 derrubar todo o entusiasmo da jovem artista,
 que acabou voltando para um academicismo disfarçado.

Apesar de todas as críticas e agressões, em São Paulo
 e no Rio, continuavam aparecer manifestações esparças 
que na realidade traduziam toda explosão de uma nova 
geração perdida entre o passado odioso e um futuro
 incerto. Vários outros nomes apareceram, sobretudo
 em São Paulo, onde ganharam destaque Paulo Prado,
 Victo Brecheret, Villa-Lobos, Guiomar Novaes, 
Di Cavalcanti, Menote Del Picchia e de um modo 
todo especial o líder intelectual do movimento
 - Mário de Andrade, sem dúvida alguma um dos
 mais fortes estimulantes de nossa vida intelectual
 que durante muito tempo dividiu mérito com 
Graça Aranha, que abriu a semana com a conferência
 A emoção estética na arte moderna, e que por vários
 anos foi aclamado pelos artistas paulistas e cariocas
 como verdadeiro líder sobretudo depois de ter rompido 
publicamente com a Academia Brasileira de Letras.
 Embora tenha gozado de tão grande prestígio durante 
o movimento de 22, e assumindo a clara posição de líder 
ao lado de Mário de Andrade, o estudioso do Modernismo,
 Mário da Silva Brito, vem mais tarde esclarecer a verdadeira 
posição de cada um, e entregando ao autor de Paulicéia Desvairada
 - título definitivo de Papa do Modernismo, sem contudo
 desmerecer a importante posição do autor de Canaã


Mário de Andrade e Oswald de Andrade


Continuando com os antecedentes da Semana - 
vamos ter ainda em 1917, importantes acontecimentos
 nos meios artísticos, que vieram engrossar as fileiras 
do movimento. Sob o pseudônimo de Mário Sobral, 
(Mário de Andrade) publica seus primeiros poemas
 num livro que chamou Há uma Gota de Sangue em 
Cada Poema - inspirada na tragédia da primeira Grande Guerra Mundial.

Paralelamente aparecem também Guilherme de Almeida
 com o livro de poemas "Nós" e Manuel Bandeira com
 Cinzas das Horas também em versos, enquanto
 Menote Del Picchia pelo jornal Imparcial - 
publica Juca Mulato - poesia. Estava dessa forma 
lançada a mais forte semente de um movimento 
decisivo dentro das artes brasileiras. No ano seguinte (1918)
 novos fatos apareceram, trazendo com eles o grande
 desejo de uma inabalável afirmação cultural. Em 1919,
 retorna ao Brasil o escultor Victor Brecherett, que se
 tornaria mais tarde ao lado de Anita Malfatti e Di Cavalcanti,
 o grande responsável nas artes plásticas. no ano seguinte (1920)
 - novos acontecimentos importantes, principalmente para 
Brecheret que vê seu trabalho sendo publicamente elevado,
 e reconhecido como o símbolo da renovação plástica. 
Não muito distante em 1921, uma reunião na Livraria 
Jacinto Silva, contando com a presença de Oswaldo de Andrade,
 Menote Del Picchia, Mário de Andrade, Guilherme de Almeida 
e Di Cavalcanti (autor da idéia) - dá origem ao desejo de se 
fazer em São Paulo uma semana de artes, onde todos os novos
 teriam a possibilidade de mostrar ao público aquilo que estava 
fazendo. Tempos depois essa idéia é apresentada ao acadêmico
 Graça Aranha, que se entusiasma e resolve partir para a
 concretização do fato. Por outro lado continuavam chamejante
 as críticas e as polêmicas em torno do passado, derrubando 
os consagrados mestres do passado, e cantando um mundo 
novo e sem limitações dentro da criatividade. Depois de contar
 com a adesão dos artistas cariocas e ter em Graça Aranha 
e Paulo Prado, o prestígio e a ordem financeira.
 Mário e Oswaldo de Andrade parte para a resolução 
final, liderando os mais moços e definindo o grande
 acontecimento cultural para fevereiro de 1922, 
acontecendo ai o maior evento cultural brasileiro: Semana de Arte Moderna.



Trovadorismo
Poesia de melopéia: palavra e música
  • Idade Média / Feudalismo / Teocentrismo
  • Língua: galego-português (português arcaico)
  • Autor principal: Rei D. Dinis (1261-1325)
  • Poesia Lírica
    - Cantiga de amor (eu lírico masculino)
    - Cantiga de amigo (eu lírico feminino)
  • Poesia satírica
    - Cantiga de escárnio (crítica indireta)
    - Cantiga de maldizer (crítica direta)
  • Obras (antologias manuscritas):
    - Cancioneiro da Ajuda
    - Cancioneiro da Vaticana
    - Cancioneiro da Biblioteca Naciona


Humanismo
Transição da idade Média ao Renascimento
  • Crise do Feudalismo e da Igreja
  • Início do Mercantilismo / Grandes Navegações
  • Centralização da política: Absolutismo
  • Revalorização da Antiguidade clássica
  • Dualismo: Teocentrismo / Antropocentrismo
  • Obras importantes:
    - Prosa: Crônicas de Fernão Lopes (D. Pedro; D. Fernando; D. João)
    - Poesia: Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, 1516 (poesia palaciana de "medida velha")
    - Teatro: Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno, 1517; Farsa de Inês Pereira, 1523; e mais de 40 outras peças)

Classicismo
Arte do Renascimento
  • Absolutismo / Mercantilismo / Reforma e Contra-Reforma
  • Humanismo / Antropocentrismo / Universalismo / Racionalismo
  • Arte = Mimese (imitação da natureza)
  • Estudo, imitação e emulação dos autores gregos e latinos da Antiguidade
  • Equilíbrio / Harmonia / Senso de proporções
  • Simplicidade / Clareza / Concisão
  • Rigor e perfeição formal
  • Ideal ético-estético: Bem = Beleza
  • Fusionismo: mitologia pagã e cristã
  • Obras magistrais:
    - Os Lusíadas (1572), Camões
    - Rimas (1595), Camões


Barroco
O homem em conflito
  • Apogeu do Absolutismo e da Contra-Reforma
  • Colonialismo
  • Ciclo da cana-de-açúcar
  • Dualismo: Teocentrismo e Antropocentrismo
  • Fusionismo: mitologia pagã e cristã
  • Sinuosidade labiríntica
  • Ornamentalismo (figuração abundante)
    - antítese, paradoxo e oxímoro
    - hipérbato, quiasmo, hipálage, gradação
    - hipérbole e sinestesia
    - aliteração e assonância
    - perífrase, metonímia e metáfora
  • Angústia mística: salvação / perdição
  • Angustia existencial:
    - Vida / morte
    - efemeridade da vida
    - fugacidade do tempo
  • Angustia erótica
    - sensualismo / platonismo
    - corpe diem ("colhe o dia") / pessimismo
  • Cultismo: sensorialismo / descrição
  • Conceptismo: intelectualismo / argumentação
  • Obras portuguesas essenciais:
    - Sermões (1679 a 1748), Pe. Antônio Vieira
  • Obra brasileira fundamental:
    - Obras Completas (1968), Gregório de Matos


Arcadismo
Neoclassicismo do séc. XVIII
  • Despotismo esclarecido
  • Revolução Gloriosa (Inglaterra, 1688)
  • Revolução Industrial (Inglaterra, c. 1760)
  • Independência dos EUA (1776)
  • Revolução Francesa (1789)
  • Inconfidência Mineira (1789)
  • Liberalismo / Iluminismo / Enciclopedismo
  • Ideal clássico: oposição ao Barroco
  • Convencionalismo:
    - aurea mediocritas: equilíbrio / armonia
    - inutilia truncat: concisão / simplicidade / clareza
    - fugere urbem: fugir da cidade
    - locus amoenus: bucolismo
    - pastoralismo: pseudônimos pastoris
    - carpe diem: "aproveita o dia" (de hoje)
  • Obra portuguesa mais importante:
  • Rimas (3 vol., 1791, 1799, 1804), Bocage
  • Obra-primas brasileiras:
    - Obras Poéticas (1768), Cláudio Manuel da Costa
    - O Uraguay (1769), Basílio da Gama
    - Marília de Dirceu (1792), Tomás Antônio Gonzaga


Romantismo
Afirmação da individualidade e da liberdade
  • Guerras napoleônicas
  • Decadência do Absolutismo
  • Independência do Brasil (1822)
  • Liberalismo
  • Individualismo
  • Subjetivismo
  • Sentimentalismo
  • Rebeldia
  • Nacionalismo
  • Naturismo
  • Panteísmo
  • Originalidade / Autenticação / Inspiração / Imaginação
  • Liberdade de expressão
  • Romantismo de evasão
    - Romances históricos:
    - medievalismo (Portugal)
    - indianismo (Brasil)
    - Romances de folhetim:
    - sentimentalismo
    - Poesia do mal do século (byronismo):
    - spleen (tédio / melancolia / egocentrismo
    - culto da noite / escapismo (sonho/morte)
  • Romantismo de oposição:
    - Romance social: problematização da realidade
    - Poesia libertária: condoreirismo
  • Obras portuguesas essenciais:
    - Viagens na Minha Terra (1846) e Frei Luís de Sousa (1844), Almeida Garret
    - Eurico, O Presbítero (1844), Alexandre Herculano
    - Amor de Perdição (1862) e A Queda de um Anjo (1866), Camilo Castelo Branco
    - As Pupilas do Senhor Reitor (1867), Júlio Dinis
  • Obras brasileiras decisivas:
    - Primeiros Cantos (1846), Gonçalves Dias
    - Lira dos Vinte Anos (1853), Álvares de Azevedo
    - Espumas Flutuantes (1870) e Os Escravos (1883), Castro Alves
    - A Moreninha (1844), Joaquim Manuel de Macedo
    - Memórias de um Sargento de Milícias (1854/55), Manuel Antônio de Almeida
    - O Guarani (1857), Iracema (1865), Lucíola (1862), O Gaúcho (1870), O Tronco do Ipê (1871), Til (1872), Senhora (1875), O Sertanejo (1875), José de Alencar
    - A Escrava Isaura (1875), Bernardo Guimarães
    - O Noviço (1853), Martins Pena

Realismo
Retratos da vida como ela é
  • II Revolução Industrial
  • Sociedade burguesa / luta de classes
  • Brasil: crise do II Reinado e do escravismo
  • Racionalismo materialista
    - Evolucionismo
    - (Charles Darwin)
    - Experimentalismo (Claude Bernard)
    - Positivismo (Auguste Comte)
    - Determinismo (Hippolyte Taine)
    - Socialismo científico (Karl Marx)
  • Características gerais:
    - Oposição ao Romantismo: perspectiva crítica
    - Observação e análise objetiva da realidade
  • Correntes literárias:
    - Realismo: análise psicológica
    - Naturalismo: análise patológica / cientificismo / zoomorfismo / estética de feio
    - Expressionismo: deformação e intensificação da realidade
    - Impressionismo: sugestão da realidade por sensações e impressões
    - Parnasianismo (poesia) Arte pela Arte
  • Obras portuguesas selecionadas:
    - Sonetos Completos (1886), Antero de Quental
    - O Livro de Cesário Verde (1887) Cesário Verde
    - A velhice do Padre Eterno (1885) e Os Simples (1892), GuerraJunqueiro
    - O Crime do Pe. Amaro (1875), O Primo Basílio (1878), O Mandarim (1880), A Relíquia (1887), Os Maias (1888), Correspondência de Fradique Mendes (1900), A Ilustre Casa de Ramires (1900), A Cidade e as Serras (1901), A Capital (1925), Eça de Queirós
  • Obras brasileiras selecionadas:
    - Sinfonias (1883), Raimundo Correia
    - Meridionais (1884), Alberto de Oliveira
    - Poesias (1888) e Tarde (1919), Olavo Bilac
    - O Mulato (1881) e O Cortiço (1890), Aluísio Azevedo
    - O Ateneu (1888) , Raul Pompéia
    - Poesias Completas (1900), Histórias sem Data (1884), Várias Histórias (1896), Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1898), D. Casmurro (1900), Esaú e Jacó (1904), Memorial de Aires (1908), Machado de Assis.


Simbolismo
Arte da sugestão
  • Imperialismo (neocolonialismo)
  • Lei Áurea (1888)
  • Proclamação da República: Brasil (1889), Portugal (1910)
  • Características ideológicas:
    - Arte = sugestão
    - Palavra = simbolismo das coisas
    - Poesia = expressão do mistério
    - senso de efemeridade: ser é não-ser
    - anseio de Absoluto; espiritualismo
    - escapismo: sonho, loucura; morte
    - ilogismo
  • Estilo:
    - expressões vagas e insólitas
    - versos nominais / reticências
    - iniciais maiúsculas (universalismo)
    - predomínio da parataxe (coordenação)
    - sensorialismo:
    - musicalidade (aliterações e assonâncias)
    - cromatismo
    - sinestesias (mistura de sensações)
  • Obras portuguesas:
    - Oaristos (1890), Eugênio de Castro
    - Só (1892), Antônio Nobre
    - Crepsidra (1920), Camilo Pessanha
  • Obras brasileiras:
    - Missal (1893), Broquéis (1893), Faróis (1900) e Últimos sonetos (1905), Cruz e Sousa
    - Dona Mística (1899), Kyriale (1902), Pastoral aos crentes do amor e da morte (1923), Alphonsus de Guimaraens


Pré-Modernismo
Literatura Brasileira do início do século XX
  • I Grande Guerra
  • Revolução Bolchevique
  • Brasil: República Velha / Revoltas populares
  • Visão crítica da realidade brasileira
  • Prosa: permanência do Realismo e do Naturalismo
  • Poesia: mescla de Parnasianismo e Simbolismo
  • Experiências precursoras da linguagem modernista na poesia e na prosa
  • Obras:
    - Os Sertões (1902), Euclides da Cunha
    - Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915), Lima Barreto
    - Urupês (1918), Monteiro Lobato
    - Eu (1912), Augusto dos Anjos


Modernismo
Arte de vanguarda
  • Ascensão nazi-fascista
  • Crise da Primeira República Portuguesa
  • Tenentismo e Coluna Prestes (Brasil)
  • Vanguardas Artísticas: Cubismo, Futurismo, Expressionismo, Dadaísmo
  • Características gerais:
    - modernidade: velocidade / máquina
    - fragmentação / pluriperspectivismo / simultaneísmo
    - verso livre / coloquialismo
    - transgressão gramatical
    - prosaísmo (poesia do cotidiano)
    - poema-piada: humor / ironia / paródia
    - poema-pílula (composição curtíssima)
    - nacionalismo (primitivismo) / cosmopolitismo
  • Obras portuguesas essenciais:
    - Mensagem (1934), Poesias de Fernando Pessoa (1942), Poesias de Álvaro de Campos (1944), Poemas d Alberto Caeiro (1946) e Odes de Ricardo Reis (1946), Fernando Pessoa
    - Dispersão (1914) e A Confissão de Lúcio (1914), Mário de Sá Carneiro
  • Obras-primas brasileiras:
    - Paulicéia Desvairada (1922), Macunaíma (1928), Lira Paulistana (1946) e Cantos Novos (1947), Mário de Andrade
    - Memórias Sentimentais de João Miramar (1924), Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924) Pau-Brasil (1925), Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade (1927), Manifesto Antropófago (1928) e Serafim Ponte Grande (1933), Oswald de Andrade
    - Estrela da vida inteira (poesia completa, 1917 - 1966), Manuel Bandeira
    - Martim Cererê (1928), Cassiano Ricardo
    - Cobra Norato (1931), Raul Bopp
    - Brás Bexiga e Barra Funda (1927), Antônio de Alcântara Machado


2º Modernismo
Entre a introspecção e a consciência social
  • II Guerra Mundial
  • Estado Novo: ditadura salazarista (Portugal), e getulista (Brasil)
  • Existencialismo e Marxismo
  • Surrealismo e Realismo Socialismo
  • Características gerais:
    - Neo-Simbolismo: exploração do inconsciente
    - Neo-Realismo: engajamento político-social
  • Obras portuguesas significativas:
    - Poemas de Deus e do Diabo (1925) e Jogo da Cobra-Cega (1934), José Régio
    - Bichos (1940), Miguel Torga
    - O Barão (s.d.), Branquinho da Fonseca
    - O Selva (1930), Ferreira de Castro
    - O Homem Disfarçado (1957), Fernando Namora
  • Obras brasileiras fundamentais:
    - Nova Reunião (poesia quase completa, contendo 19 livros, 1930 - 1983), Carlos Drummond de Andrade
    - Invenção de Orfeu (1952), Jorge de Lima
    - História do Brasil (1932), A Poesia em Pânico (1938) e O Visionário (1941), Murilo Mendes
    - Viagem (1939), Vaga Música (1942), Mar Absoluto (1945) e Romanceiro da Inconfidência (1953), Cecília Meireles
    - Novos Poemas (1938), Cinco Elegias (1943) e Poemas, Sonetos e Baladas (1946), Vinícius de Moraes
    - Menino de Engenho (1932) e Fogo Morto (1943), José Lins do Rego
    - S. Bernardo (1934), Angústia (1936), Vidas Secas (1938) e Memórias de Cárcere (1953), Graciliano Ramos
    - Jubiabá (1935), Terras do Sem-Fim (1942) e Velhos Marinheiros (1961), Jorge Amado
    - O Amanuense Belmiro (1937), Cyro dos Anjos


3º Modernismo
Pós-Modernismo: dispersão de correntes artísticas
  • Guerra Fria
  • Portugal: ditadura salazarista
  • Brasil: populismo e ditadura militar
  • Construtivismo
  • Poesia Concreta
  • Regionalismo Universalista
  • Prosa epifânica
  • Realismo Mágico
  • Obras portuguesas importantes:
    - Aparição (1959), Vergílio Ferreira
    - A Sibila (1953), Agustina Bessa-Luís
    - O Delfim (1960), José Cardoso Pires
    - Memorial do Convento (1982), História do Cerco de Lisboa (1989), José Saramago
  • Obras brasileiras escolhidas:
    - Obra Completa (reunindo 20 livros de poesia, 1942 - 1994), João Cabral de Melo Neto
    - Toda Poesia (1950 - 1980), Ferreira Gullar
    - Poesia Pois É Poesia (1950 - 1975), Décio Pignatari
    - Xadrez de Estrelas (percurso textual, 1949 - 1974), Haroldo de Campos
    - Poesia (1949 - 1979), Augusto de Campos
    - Novolume (1963 - 1997), Rubens Rodrigues Torres Filho
    - Sagarana (1946), Corpo de Baile (1956. Obra depois dividida em três volumes: Manuelzão e Miguilim; No Urubuquaquá, no Pinhém; Noites do Sertão), Grande Sertão: Veredas (1956), Primeira Estórias (1962) e Tutaméia (1967), João Guimarães Rosa
    - Vestido de Noiva (1943), Nelson Rodrigues
    - Perto do Coração Selvagem (1944), Laços de Família (1960), A Paixão Segundo G. H. (1964) e A Hora da Estrela (1977), Clarice Lispector.
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